Retrospectiva e resoluções de ano novo

Último dia do ano, dia de celebrar a virada, mas também, dia de refletir sobre nossa retrospectiva do ano que passou, e nossas resoluções de ano novo.

Se eu pudesse resumir meu 2017 em uma só palavra, confesso que a palavra mais apropriada seria PAZ. Nunca em minha vida tive um ano tão tranquilo como esse, foi um presente de Deus certamente, e fruto das boas escolhas que fiz, fruto da mudança radical que resolvi iniciar e obtive sucesso.

Começou com grandes decisões, decisões que já haviam sido tomadas em 2016, o ano em que cansei da vida que estava levando, estava muitíssimo insatisfeita com minha vida laboral, estava desgostosa e sem motivação nenhuma, por isso resolvi que já estava mais do que na hora de mudar, de começar uma nova história, de trabalhar com algo que me fizesse vibrar, que fizesse com que eu me sentisse realizada profissionalmente.

Não costumo fazer coisas sem planejamento, por isso levei um ano para me programar financeiramente e psicologicamente para a decisão a qual já havia sido tomada: pedir exoneração do serviço público, afinal, aquela vida não era mais para mim. Escrevi sobre isso aqui, o serviço público parece o sonho de muitos, mas tem muitos problemas envolvidos e um caminho cheio de falta de reconhecimento e desgosto com a política e suas falcatruas.

Além disso, havia me formado em Arquivologia e queria ser de fato arquivista (leia sobre o que faz um arquivista aqui), gostaria de exercer minha profissão, pois me apaixonei pelo curso e achava que aquilo iria me satisfazer e trazer a sonhada realização e reconhecimento (ainda que fosse por mim mesma, me sentir útil e capaz).

Fevereiro de 2017, saí de férias, e, no dia em que retornei, me direcionei ao RH do departamento e sob o olhar de admiração de meu colega (não crendo nas palavras que saiam de minha boca) solicitei exoneração.

Ninguém acha que uma pessoa em sã consciência sairia por livre e espontânea vontade, e sem uma oferta de emprego, de um cargo público. O mundo dos concursos envolve colegas que só saem de seus setores, órgãos e secretarias para outros concursos com salários melhores. Dificilmente você se depara com alguém que pede exoneração para se aventurar na área privada.

O setor público está cheio de pessoas em busca de uma única coisa: estabilidade. E isso para mim não representa felicidade, que é muito mais importante. Um emprego no qual você vai apenas para ganhar dinheiro não é meu sinônimo de bom emprego, passamos muito tempo dentro de nosso local de trabalho, convivendo com nossos colegas, respirando aquele ambiente. E, se estamos ali apenas esperando o próximo contra cheque, estamos desperdiçando nosso tempo e talento. O serviço público não é para todos…

Se estamos no trabalho pensando nas coisas que temos para fazer em casa, não estamos ali de fato, não queremos estar ali. E eu realmente acreditava que havia mais. Eu acreditava nisso porque via o Denver chegar em casa empolgado para contar o que havia feito no trabalho durante o dia, ele é uma pessoa realizada profissionalmente, claro, ainda há muito o que crescer, mas ele tem satisfação no que faz, orgulho. E era isso que eu buscava.

Durante quase 5 meses fiquei em casa apenas fazendo minha pós-graduação e administrando o Airbnb, outro presente de 2017, o qual nos proporcionou uma renda extra para pagar as contas do apartamento, já que só o Denver estava trabalhando.

Como eu não conseguia emprego em minha área de formação, acabei mandando currículo para outros ofícios. Fui chamada para uma entrevista em um escritório de advocacia, o Martinelli Advocacia Empresarial, um dos maiores e mais respeitados escritórios de advocacia do Brasil. Iniciou-se aí o meu outro presente de 2017. No Martinelli eu era Auxiliar Administrativa e conheci e trabalhei com pessoas maravilhosas e incríveis, as quais levarei para sempre comigo no coração. Aprendi novas coisas e cresci.

Após algumas surpresas boas, acabei pedindo para sair do escritório, porém a vida me trouxe o último presente de 2017: uma indicação para uma vaga de arquivista no mês de novembro. Feita a entrevista, recebo a tão esperada notícia: o emprego era meu.

Encerrei meu 2017 como arquivista de formação e de profissão. Sinto-me realizada e muito grata por esse sonho ter se concretizado ainda nesse ano.

Claro que não só de sonhos profissionais vive o homem, também tive várias outras surpresas maravilhosas em 2017, fiquei noiva do melhor homem da face da terra, conheci e tive o prazer de conviver com a Marie, uma estudante de intercâmbio que veio da França e ficou em nossa casa por cerca de 5 meses e tornou-se parte de nossa família, aprimorei meu inglês por essa experiência intercultural, aprendi algumas palavrinhas em francês, e o melhor de tudo: tive um ano de paz, amor, tranquilidade e muita, muita felicidade.

 

Gratidão-Resoluções-Retrospectiva
Gratidão, amor e paz.

Entro em 2018 com uma imensa gratidão por tudo que me aconteceu em 2017. Meu coração está transbordando de alegrias e hoje posso dizer que tenho tudo o que preciso para ser feliz, graças ao meu bom Deus.

Para 2018 não peço mais do que já tenho, peço apenas que Deus continue nos abençoando, a mim e aos meus, peço apenas que continue me dando coragem para perseguir meus sonhos.

Enfim, desejo que todos tenham um excelente 2018, que este seja um ano em que possamos acreditar mais em nós mesmos e em nosso potencial para vencer.

Sejam corajosos, tenham fé e acreditem em si mesmos.
Beijo grande e feliz 2018.

Um comentário em “Retrospectiva e resoluções de ano novo

Deixe um comentário